quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pai Balbino de Xangô ou Obarawin, Lauro de Freitas BA


Balbino Daniel de Paula ou Balbino de Xangô ou Obarain - é o babalorixá do Ilê Axé Opô Aganjú, em Lauro de Freitas, Bahia.

Foi iniciado por Mãe Senhora do Ile Axe Opo Afonjá, um dos maiores conhecedores de sua religião. Fez inúmeras viagens à África (Benin e Nigéria) para aperfeiçoar seus conhecimentos. Foi incentivado e acompanhado por Pierre Fatumbi Verger, para abrir seu próprio Terreiro em Lauro de Freitas.
Descendente da tradicional família Manoel Antonio Daniel de Paula (seu avô), responsável pelo culto dos Eguns, foi também por isso iniciado no culto dos Eguns, ou Ancestrais.
Participou de vários seminários no exterior, de exposições sobre o Candomblé, sendo que a mais recente foi na Alemanha com o titulo de Black Gods in Exile.
As festas em seu Terreiro em homenagem aos Orixás, são famosas pelo rigor da liturgia e beleza.

O Ilê Axé Opô Aganjú, terreiro de Candomblé situado na rua Sakete 32 (nome dado em homenagem a uma cidade em Benin), Alto da Vila Praiana, foi fundado em Lauro de Freitas, BA, no ano de 1966.
Tombado pelo Instituto Patrimônio Artístico e Cultural IPAC Decreto 9495/05.
É dirigido pelo babalawo e babalorixá Balbino de Xangô Rubelino Daniel de Paula, Obaraim. Neto de escravos e filho do Alapini Pedro Daniel de Paula que tinha um terreiro em Ponta de Areia, na Ilha de Itaparica. Desde pequeno participava dos cultos a egungun, e na ocasião conheceu o antropólogo Pierre Verger que acompanhava Mãe Senhora em uma visita. Nasceu em família de santo, certa vez foi recolhido para ser iniciado por causa de problema de saúde, na casa do pai de santo Vidal de Oxaguian, no bairro da Federação, mas o Sr. Vidal morreu com uma semana que ele estava recolhido, voltou para casa sem ser iniciado.
Mais tarde foi iniciado no Ilê Axé Opô Afonjá em São Gonçalo do Retiro, por mãe Senhora Asipá, tornou ainda maior e honrada a família de Sàngó (Xangô) neste país, criando os Oyiè Mogbá ti Sángò, e onde conviveu com personalidades como Jorge Amado e o Ojú Obá Fatumbi Pierre Verger com quem foi várias vezes para Benin na África.
Pai Balbino de Aganjú vem contribuindo para o resgate da religiosidade dos cultos afrodescendente no Brasil, reconhecimento este marcado com otombamento do axé pelo governador Paulo Souto, na pessoa do Mogbá Sàngó Julio Santana Braga, em 16 de dezembro de 2003 e Tombado pelo Instituto Patrimônio Artístico e Cultural IPAC Decreto 9495/05.
Acompanhado sempre pelo saudoso babakekerê Ailton Ti Odé, (Odéfaromi), mantém uma creche para 60 crianças de comunidades carentes de Lauro de Freitas.
Pai Balbino de Aganjú, tem seguimento de filhos de santo e netos no Estado do Rio de Janeiro.
Em Santa Cruz da Serra, tem a filha Omidarewá, na casa Ile Axé Atara Magba e o Ile de Oyá em Itaipú Niterói, que é de sua filha Diana de Oyá, seus netos e netas Odenibo que dirige o Ile axé Odé em Cabo Frio, Alexandre de Exu, em Niterói com o Ilú Axé Eleegbara Tolá, Bàbá Ògóbenga - "Ifadekó"

Um comentário:

  1. Muito bom, sempre quis saber sobre a vida do grande sr Balbino. Parábens por esse seu grandioso comentário. Um abraço

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